Sim, crianças inteligentes também podem ter dificuldades escolares — e isso é mais comum do que se imagina. Inteligência não garante, por si só, um bom desempenho acadêmico. O processo de aprender envolve diversas habilidades além da cognição, como atenção, memória, linguagem, organização e aspectos emocionais. Quando alguma dessas áreas está em desequilíbrio, a criança pode apresentar dificuldades, mesmo tendo um alto potencial intelectual.
É comum ouvirmos frases como “mas ele é tão esperto, por que tira notas tão baixas?” ou “ela fala como uma criança mais velha, mas não consegue aprender a ler”. Esses julgamentos partem de uma ideia equivocada de que a inteligência é homogênea e que crianças inteligentes deveriam se sair bem em todas as áreas. No entanto, muitas vezes o que existe é um descompasso entre o que a criança entende e o que consegue expressar ou colocar em prática.
Além disso, crianças com altas habilidades também podem apresentar dificuldades específicas, como dislexia ou TDAH, que interferem diretamente na aprendizagem. E quando essas dificuldades não são compreendidas, é comum que a criança seja taxada como preguiçosa ou desinteressada, o que afeta diretamente sua autoestima.
Se seu filho demonstra inteligência, mas enfrenta desafios na escola, agende uma avaliação psicopedagógica. Com o suporte certo, é possível alinhar o potencial da criança às estratégias corretas de aprendizagem.
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